terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O ano de sua vida


2015? Bem, se for para desejar algo, então penso assim: Seja firme, mais feliz, mais ativo, mais paciente. Seja suficiente, necessário e supere a si mesmo. Enfrente seus medos e vença-os. Engula a lágrima que cairá do seu rosto em dias de solidão e vá para a luta. Mas lute por algum motivo. Tenha seus propósitos, mesmo agindo com sutileza. Corra quando tiver que correr e grite quando tudo estiver errado. Se cair, recomece. Não tenha medo de dizer o que pensa desde que faça com sensatez. Dê uma nova chance de viver bem e acredite que poderá ser o que você quiser. Revire um velho armário e veja o que já superou para estar ali, naquele momento. Conforte seu coração com as lembranças da pessoa que você ama. Mande uma mensagem quando quiser falar, ligue quando se importar e ore quando amar. Faça a sua parte e desfrute de sua escolha porque sabe que é você que esta fazendo algo. E se não souber o que fazer, volte ao princípio. Crie seus motivos e motivações e sustenta-os em uma fé. Ame. Não há amor por recompensa, há recompensas no amor.


Dedico a todos e à minha mãe. 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Polissemia fiscal


Sou de “esquerda” e apoio as intervenções governamentais na economia feitas pelo Governo nos últimos anos, mas achei inédito – pra não dizer estranho – a demanda pela diminuição da meta fiscal deste ano. A meta de resultado fiscal, que visa a obter o superávit primário (SP), não será cumprida pelo Governo. Isto é um fato. Na conta do SP, das receitas primárias subtraem-se as despesas também primarias, ou seja, recebimentos e gastos não financeiros. No momento, o Governo quer alterar o cálculo do superávit (indicador de cumprimento fiscal na LRF) via um projeto de lei que altera a LDO para retirar do cálculo despesas com o PAC e desonerações fiscais, assim cumpriria a meta que ficaria em 10 bilhões (hoje a meta é de 81 bilhões). Apenas lembrando que a finalidade desta “sobra” é pagar os juros da dívida do país.

Bem, o problema é que as despesas que serão retiradas e baixarão a meta são despesas PRIMÁRIAS, obras e tributos, assim, devem constar do cálculo. Com isso, o país revela, ao baixar a base de cálculo, que não tem condições (ou comprometimento) em pagar os juros da dívida, tampouco amortizar o principal dela. Países estrangeiros, observantes, tenderão a aumentar os juros de suas transações com o país (pois o risco é maior) e, em provável escala, diminuirão seus investimentos nos títulos públicos brasileiros. De qualquer maneira, o Governo deverá rever medidas de contenção de custos e em outros gastos como no seguro-desemprego e pensões, por exemplo.

Bem, essa é minha visão ampla, no entanto, vejo que pagar dívida pública e juros nunca foi (e nem deveria ser) a maior prioridade no país. Você na sua casa odeia ter que pagar juros do cartão, né? ...mas isso é inerente do sistema financeiro e nunca impediu de você realizar sua compra – às vezes recorrendo a uma operação de crédito (empréstimo) – para aumentar os bens de sua casa. Há dívidas, mas há aumento do seu “PIB” domiciliar.

O Brasil, nos últimos anos, mostrou-se bom pagador e local benfazejo para investimentos. O PIB cresceu na década presente e a economia não “baixou a guarda” frente a uma crise européia. Para mim, retirar certos gastos para assegurar o cumprimento do plano de governo e, com isso, os projetos sociais, é uma atitude coerente e corajosa, apesar de ser desrespeitosa para com as normas da LRF. Aguardaremos as medidas. 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O homem duplicado



“O caos é uma ordem ainda não compreendida”. Essa frase “explica” bem o filme “O homem duplicado” (2014), de Denis Villeneuve. As aspas foram necessárias já que uma explicação é algo que você, com certeza, não terá ao assistir essa pérola do cinema. Baseado num livro homônimo de José Saramago, o filme trata das inquietações e dúvidas sofridas pelo personagem principal - vivido por Jake Gyllenhaal - ao descobrir que tem alguém igual a ele. Um é professor de história e, o outro, um ator coadjuvante de cinema. Qualquer clichê é descartado na historia, já que ela é permeada de devaneios, sonhos e um laço intrigante que une cada vez mais os personagens.

Com um enredo repleto de metáforas e elementos da psicanálise, o telespectador perde-se ao tentar seguir uma linha de pensamento e tudo é (des)construído com o desenrolar da história. Bem, e se você achasse - ou descobrisse - que poderia ter outra vida? ou usar roupas diferentes sem se achar “descolado” ou antiquado demais? Ou recriar um relacionamento amoroso livre de erros?

O cotidiano enclausura-nos num clima claustrofóbico e rotineiro, onde perdemos a esperança e ganhamos apatia com o tempo. O filme trata do questionamento da possibilidade que é trocar de vida (ou destino para muitos), e que isso não quer dizer necessariamente com outra pessoa, mas sim consigo mesmo. Quantos de "você" poderiam ser encontrados nas ruas quando desiste de sonhos ou foge de seus objetivos?

Fazer algo diferente não é ser outra pessoa, mas achar outra parte escondida de você. Aprender algo novo ou agir de maneira diferente é buscar qualidade de vida. É você se encontrar com outra versão sua e, muitas vezes, mais congruente com o que você sempre quis ser.

Em “O homem duplicado” não queira respostas. Espere questionamentos.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Não diga que já vai


Nunca venha me dizendo que já vai. Por favor, não me deixe sentir saudades. Não bata na porta dando um adeus ao entrar. Não faça movimentos bruscos com seu sorriso porque isso é baixaria no meu coração. Faça e desfaça tudo e diga que não vai dar, mas nunca, nunca mesmo comece um desenho já pedindo uma borracha. Na vida, tudo é feito à caneta. No máximo se pula um parágrafo ou se vira a página.

Não procure entender o fácil. O óbvio é enigmático quando se olha de perto. Suplique aos céus, caia de joelhos e não minta para si mesmo. Não peça para gritar “gol” ouvindo o rádio. A “geral” gritará mais forte. Pegue o ônibus quando não tiver dúvidas. Pegue o carro e atravesse a cidade quando quiser ter certeza. Não dê sobrando e espere o troco. O que sobra nunca é resto. Chore sozinho, porque a esperança é cinza, quem sabe? Comece e termine.

Ame e esqueça, às vezes; mas nunca, nunca mesmo, venha me dizendo que já vai.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

...mais um devaneio eleitoral


Comparando os dois planos de governo e estritamente o aspecto econômico, que é o que mais pesa numa administração pública e reflete-se em toda a sociedade, vemos duas vertentes opostas, mas não comparáveis. Não podemos fechar-nos em uma visão geral, temos que analisar o contexto e a própria fisiologia do país em que vivemos.

Historicamente, o Brasil tendeu (até porque nada é perfeito) a ser um Estado Social, natureza dada pela CF/88, vertente não vislumbrada, ou meramente descartada, na pretensa ação econômica do partido tucano. Esse afirma que o que país tem feito é errado, isso porque é comparado com a ótica Neoliberal. A economia não é uma ciência exata, deve-se ter uma ponderação com o modelo de Estado adotado. Bem, o fato do PSDB ter dado as diretrizes do Bolsa Família, isso não o torna o desenvolvedor de uma política social. A visão econômica do atual governo não é igual ao PSDB, é muito mais ampla que isso.

A política esquerdista deu ênfase à universalização de serviços públicos essenciais e sociais, principalmente depois do lançamento do Brasil Sem Miséria cujos pilares são política de transferência, ampliação do acesso a serviços e inclusão produtiva. É certo que pode não ser a mais progressista, mas levemos em conta que o déficit social do país é centenário. Méritos também à política keynesiana que atuou firme durante a crise mundial, com o país gastando e investindo, em vez de entrar em recessão e arrocho junto com os temerários países europeus. Além disso, o Bolsa Família é sim compatível com um estado neoliberal, mas um estado SOCIAL está longe de compatibilizar-se com uma filosofia neoliberal.

Eu não acredito nesse modelo de Estado Mínimo para o desenvolvimento socioeconômico de um país tão desigual como o Brasil. Exemplo é que o candidato PSDBista propõe concessão de crédito fácil a médico para construção de seus consultórios, isso é PRIVATIZAÇÃO da Saúde! A historia também nos mostra que não foi com medidas neoliberais que países se desenvolveram de forma igualitária. Vamos olhar para a sociedade e ver o quanto um país pode crescer com a política e gestão adequadas às suas finalidades.

Não sou de Partido algum. Sou do Nordeste sim, tenho afinidades com a esquerda e uma linha de pensamento que é fruto do que eu analiso da política do país, humildemente.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Amor


Este é o texto mais difícil que já escrevi. A pessoa mais importante da minha vida partiu de maneira abrupta e vira mais uma estatística nessa guerra que chamamos de trânsito. Somente após a missa de sétimo dia arrisco a rascunhar algo, sabendo que nenhuma palavra aqui resumiria metade do sentimento que minha alma clama e de tudo que aprendi com ela.

A morte não espera um último beijo, uma última palavra de carinho ou um conselho. Ao contrário, a morte deixa as roupas no varal, a comida no fogão e não espera você pagar as contas do mês. A morte é mais triste para quem fica, para quem tem que suportar a ausência mesmo que insuportável. Quem tem que dizer adeus sozinho na esperança de ser ouvido e que encontra aconchego nos lençóis da cama ainda desarrumada.

Sempre me lembrarei do seu carinho em minha cabeça, do café logo cedo da manhã, das idas e vindas do colégio segurando sua mão, dos biscoitos escondidos estrategicamente embaixo da pia da cozinha, das broncas pela minha bagunça, do espelho na porta da sala, pelos conselhos simples e diretos, das noites em que me socorria quando adoecia e quando dormiu no corredor de um hospital quando eu estava numa maca, sentirei saudades dos beijos na minha testa em meu aniversário, da voz alegre ao telefone, da sua humildade, da sua coragem em viver e, principalmente, de sua tão admirada e evidente Fé.

Com você aprendi a ter um sorriso fácil, mesmo quando estou triste. Aprendi a fazer de minhas amizades a minha família, aprendi a respeitar o próximo oferecendo mais carinho e atenção, aprendi que minha escolaridade é parte de mim, mas não é tudo, aprendi a arriscar em busca de um sonho, aprendi a comprar passagens só de ida e desejar que meu caminho fosse iluminado de pessoas alegres e altruístas. Aprendi a ser forte com os olhos cheios de lágrima. Aprendi a ser quem eu sou, de ter orgulho de onde eu vim e de tudo que conquistei.

Sei que estás bem, acolhida e em paz. Continue orando por todos aqueles que a amam. Hoje é dia de amadurecimento. As minhas lágrimas secarão, mas você sempre estará em meu coração. E como diz a letra: “...ando devagar porque já tive pressa, levo esse sorriso porque já chorei demais”.
Te Amo! Saudades!

domingo, 7 de setembro de 2014

E onde mora a sensatez?


Objetivos, planos, estratégias. Todos nós temos isso, até o mais “destranbelhado” dos humanos. Buscamos, incessantemente, realizar nossos anseios através de tarefas bem arquitetadas. Afinal, atualmente, sequer podemos nos permitir ter tempo de sonhar. “Quem sonha já perdeu tempo”, é o que dizem por aí. Não critico esta situação, mas creio, cada vez mais, que uma vida baseada em planos, não é “natural”.
Viver com sensatez e em busca de equilíbrio (pessoal) não quer dizer que você irá viver com uma agenda debaixo do braço. Uma bíblia de seu cotidiano. Isso é chato e desnecessário. Você pode se planejar, desde que contando com o imprevisto e o desconhecido. Uma vez ouvi que toda grande jornada começa quando se põe o primeiro pé na rua. Pagando passagens para o desconhecido, provando sabores exóticos de sorvete, visitando uma trilha quase inexplorada, ou até mudando o caminho que você faz para seu trabalho. Tudo é válido para se permitir a aprender.
Nunca me acomodei, tampouco pensei demasiadamente nos meus cronogramas. Programações são interessantes, mas perco minha atenção facilmente. Penso que cada dia fora do comum é um passo que você dar em sua vida, que, metaforicamente, chamamos de caminho. Saio de casa, enfrento a estrada escura e vazia, visito uma praça, converso com o porteiro e conquisto o sorriso de alguém. Para mim, isso é viver.
Morre lentamente aquele que não vira a mesa quando está infeliz com o que faz, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
(imagem:  cena do filme "A vida secreta de Walter Mitty")

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Crônica


Toda história começa com um “Era uma vez...”, mas ele não gostava disso. Vivia sempre no presente e escondia seu passado para conversas despropositadas de bar. Nunca gostou da ideia de deixar tudo para depois. O tal do “depois” nunca chegou para ele e só de pensar nisso já era perda de tempo. Talvez fosse culpa do seu mapa astral. A vida dele não foi fácil, o calor incomodava-o e o frio não o deixava dormir. Preferia acordar cedo, pagar suas contas e rir um pouco. Sentia uma melancolia no fim da tarde como se os sonhos fossem embora com o último raio de sol sobre a linha do horizonte. A noite não exigia planos, mas atitude, um copo cheio e histórias a visitar durante a madrugada. Usava sempre duas toalhas e gostava de dizer “Oi, tudo bom?” com os olhos. Gostava de falar, mas sabia ouvir. Sempre acreditou que as pessoas têm muita opinião de tudo, mas pouco ouvidos. Gostava de ler e escrever. Tinha um vício na sétima arte e adorava provocar o sorriso em uma linda garota. Sempre mostrava um pouco de si aos poucos. Para ele, o interesse deve ser conquistado sempre no crédito, nunca à vista. 

terça-feira, 27 de maio de 2014

Apenas uma pausa


Uma vez li: “Não quero a opinião do jornalista, dele eu espero os fatos. Opinião eu tenho a minha”. Diante de protestos, lutas e lamentações nos últimos tempos, paramos para analisar nossa democracia e nossos hábitos. Calma, este não é um texto político, tampouco tentarei esmiuçar tal temática divergente e polêmica, apesar de saber claramente que temos sim uma democracia consolidada e legítima, no entanto, sofremos pelas escolhas feitas diante daquela caixa de ferro a cada quatro anos. Mas deixemos isso de lado.

Penso sobre o seguinte: discutimos, exaltamo-nos e até perdemos amigos por convicções maniqueístas e desproporcionais por nada. O resultado pode ser previsto, bem mais do que imaginávamos. Creio que vivemos uma ditadura imposta por meios tecnológicos e modas infundadas. Vivemos a ditadura da imagem e pseudomoralismo.

Quantas vidas são perdidas sob a névoa da ingratidão, do orgulho e da futilidade? Quantas vezes você já mudou de dieta? Quantas vezes não deu bom dia quando chega ao trabalho? Quantas vezes não se escondeu atrás da multidão e não bateu palmas ao fim de um discurso? Quantas vezes não atravessou a rua para não cruzar com um medigo logo a frente? Quantas vezes mudou para a novela porque assim se distraía melhor? Quantas vezes somente apertou as mãos quando queria mesmo era dar dois beijos num encontro? Quantas vezes deixou de contemplar um bom samba para ouvir um blockbuster musical americano qualquer? Quantas vezes pensou em uma desculpa quando queria dizer não? Quantas vezes esqueceu de sua origem e de como chegou onde está?

Vivemos, sim, a ditadura do hoje, do "belo", do "culto", da comédia desnecessária, do fugaz. Gosto de escrever para materializar meus devaneios, então, para tentar esquivar-me deste destino trágico e esgotar por aqui, digo: calma, isso é somente minha opinião!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Insônia




Durante a noite não conseguiu dormir. Revirou uma pilha de papéis velhos que estavam no fundo do armário, arrumou os livros na estante e até limpou a casa, mas o sono não veio. Nem os devaneios causados por meia hora de Chopin o fez cair no sono. Estudar tampouco. Ele estava ali, no quarto, condenado, e sua única companhia era a solidão. Os lençóis ainda estavam bagunçados porque neles não quis mexer. Saiu conversou sobre política e futebol com o porteiro da madrugada. Contou quantos azulejos existem entre o hall e sua porta da frente. Comeu um miojo. No entanto não conseguiu ver um filme completo. Para esse hobby ele sempre precisou de total descompromisso e naquela noite ele estava prometido à inquietude dos noturnos. Viu uma luz entre a cortina, foi à janela, observou a rua e nada viu. Estava Fatigado de si e de seu infortúnio. Encontrou velhas cartas em uma gaveta, leu todas e se sentiu em outro lugar e momento por um breve instante. Aquilo não o fez bem, pois não queria encontrar aquilo de que não queria se lembrar. Guardou as cartas, abriu o computador e escreveu uma crônica. Assim, pela primeira vez durante toda a noite, conseguiu ter foco. Deitou e dormiu ainda sem ter sono. Acordou ainda com vontade de dormir.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Na boa?


Na boa?
A gente tá muito acertadinho, muito certinho
A gente tá cheio de inho
Noite passada me peguei com horário para dormir
E acertando o horário para acordar
Estamos cheios de horários e esquecendo a hora de se perder
Pois, na boa? A gente deve se perder de vez em quando
Se perder
Deixar de se ter
Pegar uma bicicleta no feriado
Com alguma grana para não passar fome
Sair, se perder, dar trabalho ao tempo que nos dá trabalho
E ir sozinho, só com esse inho
E lá, perdido, encontrar o que a gente sempre foi
Do jeitinho que estávamos quando choramos da primeira vez
Lá, perdido, o tempo não faz sentido
Sentindo o real sentido de sentir
Cara, na boa? Deixa de querer só ganhar
Só gananciar
Perde, cara! Acorda e perde!
Pede pra jogar peteca com um menino e perde!
Passa o troco sobrando para o padeiro
E mostra que tá sobrando!
Perde! Saca, assim, ganhar não significa nada
Saca? Na boa?
Só se perdendo é que a gente volta a se achar
E não há nada melhor do que se achar
Por não haver nada melhor do que se perder
Rafael Martins

Texto de um antigo e verdadeiro amigo que, assim como eu, gosta de se perder para se encontrar

quinta-feira, 3 de abril de 2014

De onde você é?



Pessoas interessantes não têm pudor. Calma, eu explico. Elas vivem intensamente, a seu modo. Não pedem permissão. Elas mudam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Fazem novas amizades. Não criam expectativas. Elas se interessam por pessoas que são o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam convites para fazer algo que nunca fizeram. Estão sempre dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do “zero” várias vezes. Não se assustam com o passar do tempo. Sobem no palco. Fazem loucuras por amor. Compram passagens só de ida.

Pessoas interessantes estão aqui e ali, elas te ligam durante a noite sem ter um assunto, te acompanham na fila do supermercado. Estão onde você acha que nada de interessante sairá de lá. Aparecem e desaparecem.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Doce distração


Vi no meu armário uma antiga camisa que tem escrito “i lost my Love in a storm”. Bem, foi um dia de chuva. Grandes turbulências acontecem repentinamente, no entanto, elas têm nome e lugar para acontecer. Nosso estado de espírito é provocado através da pessoa que nos tira o sono. Pior é conviver com ela que é o motivo de nosso enclausuramento em pensamentos ilógicos.

O amor é opressor, tira nossa energia, ao mesmo tempo em que se alimenta de si. Às vezes penso em não ter visto nada além do superficial, mas você me incomodou. E ficará assim por um bom tempo, até que passará. O tempo não cura feridas, apenas põe fim a uma ressaca. E eu estou com ressaca de você. Ironicamente, a vontade de beber vinho é tão grande quanto a de melhorar.


Espero que fique bem, é provável que não a veja mais e que aos poucos sairá do meu coração. Espero que fique bem, pois você não sabe, mas foi mais do que uma doce distração.