segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Sociedade dos Poetas Mortos



Sociedade dos Poetas Mortos (1990) é um clássico. Esse filme do Peter Weir, mesmo diretor de o Show de Truman, é um lindo ensinamento sobre educação e a vida no geral. Nele, vemos o professor John Keating, carinhosamente interpretado por Robin Williams (no auge da carreira), ensinando poesia e literatura numa escola tradicional e conservadora para garotos. No entanto, Keating vai além. Ele destoa dos demais professores por ensinar aos meninos sobre o livre pensamento, a terem autoconfiança e encontrarem sua própria voz.

Em certo momento, eles descobrem que o professor participava em sua juventude de algo chamado sociedade dos poetas mortos. Um grupo de meninos que se encontravam em uma caverna nos arredores da escola à noite para declamarem poemas e discutirem livremente acerca da vida, longe das rédeas morais do colégio. Assim, eles recriam essa sociedade e fazem seus encontros.  Cada um, a sua maneira, acaba por descobrir suas próprias vontades, como, declarar-se a uma garota, desafiar a vontade dos pais ou até entrar para uma peça de teatro.

O filme é cheio de citações de autores famosos, o que serve de enredo para a descoberta das vozes desses estudantes. Para Keating, longe das amarras familiares, a escola deveria ser o local para que os garotos pudessem encontrar suas vontades e se descobrirem como pessoas que possuem pensamentos próprios. Isso torna esse filme atemporal e magnífico. Ao ensinar sobre o poder dos sentimentos das palavras e de como devemos aproveitar nosso dia, o professor acaba por definir bem o sentido da frase mais famosa desse filme e que deveria guiar a maioria das pessoas: Carpe Diem.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Agentes do Destino



Será que existe destino ou somos manipulados sem que percebamos? Agentes do Destino (2011) conta a história do candidato a Senador David Norris (Matt Damon) que, após perder a eleição, conhece por acaso, num banheiro, a bailarina Elise (Emily Blunt). A espontaneidade dela o inspira a fazer um belo discurso que acaba salvando sua carreira política. Naquele instante eles se apaixonam. No entanto, em outro núcleo da trama, vemos agentes planejando para que um deles derrame café do David para que ele perca o ônibus e, assim, não reencontre Elise, já que para esses agentes, os dois não podem ficar juntos, uma vez que isso prejudicaria o “plano”.

Entretanto, o agente Harry (Anthony Mackie) dorme e David acaba reencontrando Elise, e, logo após, o congressista acaba vendo seu amigo sendo “recalibrado”, o que faz com que ele descubra que existem agentes do destino, que manipulam e fazem com que as pessoas sigam suas vidas de acordo com um certo plano, escrito por quem eles chamam de “Presidente”. Os agentes justificam sua atuação dizendo que quando eles se afastaram e deixaram os homens livres para controlarem seu destino, a humanidade viveu seus piores momentos, como na Idade Média ou durante as guerras mundiais. Ainda diz que se David ficar com Elise os sonhos dos dois nunca se realização. Apesar dos avisos e preocupações, David começa a corrida para manter Elise em sua vida e assim salvar seu amor, mesmo que ele tenha que enfrentar esses agentes.

Esse longa do George Nolfi traz o questionamento se há outras pessoas – ou "divindades" – que controlam nosso destino, dando a impressão que temos poder sobre nossa própria trajetória de vida, mas que, na realidade, não temos. Será que nosso destino já está escrito ou podemos modificá-lo? Qual o poder do acaso? É um filme que, intercalado a cenas de ação e romance, coloca-nos essa reflexão, e, por isso, vale muito a pena.