Sociedade dos Poetas Mortos
(1990) é um clássico. Esse filme do Peter Weir, mesmo diretor de o Show de
Truman, é um lindo ensinamento sobre educação e a vida no geral. Nele, vemos o
professor John Keating, carinhosamente interpretado por Robin Williams (no auge
da carreira), ensinando poesia e literatura numa escola tradicional e
conservadora para garotos. No entanto, Keating vai além. Ele destoa dos demais
professores por ensinar aos meninos sobre o livre pensamento, a terem
autoconfiança e encontrarem sua própria voz.
Em certo momento, eles descobrem
que o professor participava em sua juventude de algo chamado sociedade dos
poetas mortos. Um grupo de meninos que se encontravam em uma caverna nos
arredores da escola à noite para declamarem poemas e discutirem livremente
acerca da vida, longe das rédeas morais do colégio. Assim, eles recriam essa
sociedade e fazem seus encontros. Cada
um, a sua maneira, acaba por descobrir suas próprias vontades, como, declarar-se
a uma garota, desafiar a vontade dos pais ou até entrar para uma peça de
teatro.
O filme é cheio de citações de
autores famosos, o que serve de enredo para a descoberta das vozes desses
estudantes. Para Keating, longe das amarras familiares, a escola deveria ser o
local para que os garotos pudessem encontrar suas vontades e se descobrirem
como pessoas que possuem pensamentos próprios. Isso torna esse filme atemporal
e magnífico. Ao ensinar sobre o poder dos sentimentos das palavras e de como
devemos aproveitar nosso dia, o professor acaba por definir bem o sentido da
frase mais famosa desse filme e que deveria guiar a maioria das pessoas: Carpe Diem.