quinta-feira, 25 de novembro de 2010

“As coisas que possui, acabam possuindo você”


Nesta semana assistir novamente ao filme “Clube da Luta” de 1999. Alguns pouco diretores felizardos têm a capacidade de pôr tão sutilmente e, ao mesmo tempo, tão explicitamente a filosofia nas telas. Esse foi o caso.

Difícil falar do filme sem citar o livro homônimo que o originou. Ofegante e Excitante, mostra-se o lado comum da alma humana, vulgarizada, alienada, corrompida da verdadeira libido. Quebra com o Superego do expectador. “Voçê não é seu trabalho, nem o carro que dirige”. Frases assim preenchem o filme prendendo você a tela, gruda seus olhos nas cenas e faz da reflexão sua pipoca. O personagem que vive frustrado e infeliz é liberto pelo misterioso Tyler Durden. Este mostra como a vida é fútil e rápida, como tudo é rápido, fugaz. Quantos sonhos você planeja e vê desmoronando porque percebe que quem manda são as circunstancias? É chocante.

É Obrigatório ter noção de matrix, desse sistema de falsidade ideológica imposto nos comuns, assunto este explorado pela filosofia de Sócrates e Pós-Moderna. Após assistir, você confronta o mundo ao redor – nesse momento tenha calma – percebe que é um prisioneiro dos clichês, mas, também, percebe que tem escolhas a serem feitas. Vê que o melhor local para esta é o porão de um bar no sábado à noite, mesmo que seja apenas em sua mente.

Fica a Dica: “Clube da Luta”, mas cuidado! Filosofe com moderação.

Escrever!


Bem, sempre gostei de escrever, pelo menos às vezes quando a vontade acorda e a criatividade bate a minha porta. Alguns próximos dizem que eu penso demais ou, de certa maneira, precipito-me um pouco, mas o fato é que comigo não é diferente dos tantos poetas, jornalistas, blogueiros ou os românticos de plantão, sim, penso e tento passar ao papel o que sinto, mas como dizem os poetas morrem frustrados. Espere, Não é o que pensa! Não sou poeta e nem quero ser.

Sou alguém por detrás de palavras rabiscadas em um papel meio-amassado que você lê e descarta como aqueles que recebe no ônibus, sou aquele por detrás de um texto no computador, enfim, alguém que fala com palavras escritas (às vezes com ironia, rss) o que nunca disse.

Palavras em um papel são a base da memória, é aonde ela recorre quando esquece e quando quer conhecer mais. Por isso minha teimosa mania de colocar no papel aquilo que não quero esquecer. É bom ver as letras garranchudas e tortas no papel toalha de outrora. É bom ter um belo arquivo que, na sua maioria, esta com mofo, mas está lá, esperando para ser lido e, conseqüentemente, lembrado.

E se mesmo assim me questionarem, direi: Sim, prefiro escrever.