segunda-feira, 18 de abril de 2022

Cadê os óculos?


Semana passada fui ao cinema assistir a um filme dinamarquês de óculos escuro. Pois é. Você imagina pegar sua pipoca, refrigerante, sentar confortavelmente na poltrona de um Itaú Cinemas e, ao olhar para o lado, ver um cara de shorts e óculos de sol numa sala escura? É para deixar qualquer drácula com inveja. Bem, obviamente não fiz isso de propósito. A casualidade da vida junto com a minha incapacidade de dizer não para um filme na telona, fez-me chegar a essa situação. Odeio levar coisas na mão, mas em São Paulo às vezes é necessário, seja um guarda-chuva, um casaco ou, no meu caso, meus óculos de grau. Nessa anedota, inclusive, não levei nada disso, ou seja, passei frio e vi tudo embaçado por algumas horas. 

Não me julguem, afinal, saí de casa com outros propósitos, caminhar, ver uma amiga, visitar lugares, comer e beber algo na rua e voltar para casa. Só que uma coisa foi levando à outra e quando vi estava de noite e a sessão iria começar. Destaco que meus óculos escuros têm grau, mas deveria fazer uma escolha, ou os usaria e parecia um vampiro na rua, ou não, vendo tudo borrado, mas ao menos seria mais socialmente aceito. Eu optei por um revezamento. Bom que a poltrona era perto da tela e conseguia ler a legenda, mesmo com minha singela, porém significante miopia. Se o áudio fosse em inglês, seria mais tranquilo, pois conseguiria entender melhor a película, mas em dinamarquês? Sem condições. A sorte que isso não comprometeu a experiência cinematográfica, que por sinal foi muito boa e agradável. 

Moral da história: não viva como um ariano impulsivo, tenha sempre um plano B. Ah, e não esqueça o casaco.