sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nossa, há quanto tempo!


Faz tempo que não escrevo, pelo menos não oficialmente. Muitas vezes vejo-me permeado de situações simples, do dia-a-dia, que me fazem refletir algo, em sua maioria são pensamentos rápidos e supérfluos. Quando acontece, não escrevo, evito trascrever para um papel ou neste meio certas bobagens.

Destaco, também, que para a “criatividade chegar” preciso estar bem, não de saúde ou psicologicamente sadio, já que os maiores escritores da história escreveram seus devaneios primeiramente em lenços que escontraram embaixo da escrivaninha ou em guardanapos de bar. Digo, bem suficiente para escrever, criativo e disposto. A criatividade se apresenta, é um evento. Surge naqueles que a incentivam, que buscam algo maior, religiosa ou filosoficamente, que estão insatisfeitos ou incomodados com tudo e todos, ou pelo menos como tudo se apresenta. Esse é o fundamento do pensamento e, consequentemente, da escrita para mim.

Criar histórias ou lendas? Noticiar um evento? Preservar uma cultura? Não tão simples assim. Tudo, digo TUDO, meus caros, passa pelo crivo da sociedade dominadora, ou, menos ofensivamente, daqueles que possuem os “meios” de comunicação. Não muda muita coisa. Dizem o que querem e quando querem. Cabe a você filtrar o que ver.

Por isso escrevo “o não comum”, por isso me interesso por poemas esquecidos, por isso não leio livros da moda ou gosto de bandas que vão ao Faustão, por isso não gosto de usar branco no ano-novo...não, eu prefiro ouvir o antigo, ler aquilo que está no Sebo e comprar filmes da década passada que têm realmente algo a acrescentar, prefiro dizer o que sinto quando sinto, e se não sinto, nada digo.

Não escrevo para as mídias, mas estou, inevitavelmente, nelas. Escrevo para ser como os borrões que encontrei em uma gaveta, com traças e rasgados, mas que me mostraram como era minha gramática, minha letra, meus pensamentos naquela época, ou seja, mostraram quem eu era. Espero ver este blog assim também em um futuro e poder dizer: Nossa, há quanto tempo!

E simplesmente sentir.