sábado, 28 de julho de 2012

...Glup.



Noite estreladas, sons nos becos, cerveja gelada, papos desconcertantes, sincronicidade e um amor a recordar. O que vivemos em nossas “saídas”, happy hour, festas, são pródigos dos “embalos de sábado à noite”, a diferença é que toca pagode ou um reggae de fundo, mas isso, meus caros, é que faz o habitat do brasileiro ser tão especial.

Não há espaços para radicalismos e preconceitos, não há soberba que resista a uma noite debaixo das calhas de casarões históricos e alguns copos de vinho. Não! Não sou o festeiro da vez, mas não sou hipócrita. Não nego aventuras (o livre-arbítrio não deixa), pois elas serão os motivos de meus futuros sorrisos de meia boca.

Sufoca-se no próprio ego e afoga-se em seu pseudomoralismo quem pensa que todos são iguais ou que tudo termina sempre do mesmo jeito. Bem, a garrafa vazia vai para debaixo da mesa, assim como a timidez; mas a alegria mergulha na gota que escorre do copo. Vamos ser quem podemos ser, vamos filosofar, mesmo que nossa ágora seja entre as cadeiras de plástico da esquina.
(foto tirada por mim no Reviver - Centro Hst de São Luís)

sábado, 21 de julho de 2012

Lembranças de histórias não contadas



Nunca fui bom em poesias, histórias ou lições de moral. Gostava das simplicidades, dos ditados populares, do “direto ao assunto”. Enrolava-me até para contar um filme. Mas o conto sempre estava em minha mente e eu sempre evitava ver seu rosto pálido, singelo e enganador. Ninguém quer ouvir histórias tristes, desde que sejam reais. O fato e o mero sonho faz parte do que sou e do que penso. Somos todos assim.

Assim como sem a música, a vida sem um bom texto, sem uma boa história a recordar seria um erro. Vivemos para aprender com aquilo que experimentamos. No entanto, temos que, às vezes, dar um basta a algumas coisas, às lembranças mal resolvidas, aos ciúmes despretensiosos, à fome de barriga cheia, à solidão premeditada. A história é o tesouro da alma, mas o zelo e o toque são dádivas que nos permitimos ter.

Um olhar carinhoso hoje é melhor que devaneios de um amor que se foi.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Inconformismo






Penso em inconformismos todas as noites. É de nascença. Crescemos com genes, mas temos muito a aprender – e podemos fazer isso. A ideia de me fechar em verdades absolutas me constrange, isso me lembra a Idade Média, que, aliás, desenvolveu-se em nossos tristes livros de história como a “Idade das Trevas” (creio que foi isso, eu não estudo mais para vestibular, rs), não porque foi “pobre” em criações culturais, mas, justamente, porque o conformismo reinava. Criamos e Outorgamos, cabe aos demais obedecerem. Conformarem-se.

Por exemplo. não opino contra o modo como alguns ‘ditos’ pastores de ‘ditas’ igrejas “tributam” os suados dízimos de nosso proletariado brasileiro (o que já é um absurdo por si); mas protesto é com o modo, histórico e ideologicamente, que nos fechamos em um mundo de fantasias e de puro conformismo.

O Ser humano desenvolveu o fogo tentando fazer o fogo...e fez. Não há regras de como se devem comportar as ideologias secretas de cada um, pois isso é pessoal e qualquer tentativa de um possível controle sobre o que penso será frustrada. Penso assim, acho que por isso sou constantemente inconstante. Inconformado.

Logicamente devemos saber quem somos e o que podemos fazer, mas justificar a vida alheia é irritante, desnecessário e desgastante, fruto de uma mente banal, fútil. Acho isso de quem tenta fazer manipulações com os outros ou apenas conformá-los.

Viva, seja feliz e gire com o mundo... mas não deixe que ele faça você girar em torno de si próprio.