quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Felicidade qualquer


Naquele dia ele estava estranhamente feliz. Não sabia de onde vinha aquele sentimento tão simples e cada vez mais raro em seus dias. Costumava achar que tudo na vida era uma obrigação, que tudo era rotina. Naquele dia isso não aconteceu. Estava com o pensamento longe, olhava para o céu e uma música calma, quase um mantra, tocava em seus ouvidos. Ele estava leve, calmo. Sentia que podia se conectar às estrelas, que fazia parte de algo maior. Não era religião, tampouco drogas. Era o esplendor de sua mente, alcançando o auge de sua força e clareza. Não tinha medo, não tinha dúvida. E antes que tudo acabasse, ele resolveu escrever num papel aquele sentimento, para que nunca mais pudesse esquecer como era. Depois ele se deitou e foi dormir com a esperança que seus sonhos fossem tão bons quanto sua realidade.