terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quando a chuva passar


Hoje, peguei-me observando a chuva; gotas escorrendo nos vidros dos carros, enxurrada nas valas, arrastando tudo. Sempre gostei da chuva, ainda mais do clima que a precede: frio, certa neblina e o céu cinzento. Apesar de comum, é um fenômeno natural que interessa as pessoas. Tão valorizado nas poesias e canções sobre linções de vida.

Gosto de admirar, refletir enquanto chove, águas passando, como tudo na vida, uma metáfora das circunstancias. Deixa a alma mais leve, retira as impurezas, vejo crianças (e adultos também) banhando nas ruas, calçadas, como se aquilo fosse um ultimo ato, a redenção. Pressumindo-se uma liberdade fugaz.

Ao fim vem a calmaria, os vidros secam, os “rios” nas valas tornam-se poças e quem admira continua a viver com esperanças do retorno deste dia cinzento. Penso assim. Nostálgico, pode ser. Ruim, não!

Como diz a canção: “...É preciso amor para poder pulsar, é preciso a paz para sorrir, é preciso a chuva para florir”.