Objetivos, planos, estratégias.
Todos nós temos isso, até o mais “destranbelhado” dos humanos. Buscamos, incessantemente,
realizar nossos anseios através de tarefas bem arquitetadas. Afinal,
atualmente, sequer podemos nos permitir ter tempo de sonhar. “Quem sonha já
perdeu tempo”, é o que dizem por aí. Não critico esta situação, mas creio, cada
vez mais, que uma vida baseada em planos, não é “natural”.
Viver com sensatez e em busca de equilíbrio
(pessoal) não quer dizer que você irá viver com uma agenda debaixo do braço.
Uma bíblia de seu cotidiano. Isso é chato e desnecessário. Você pode se
planejar, desde que contando com o imprevisto e o desconhecido. Uma vez ouvi
que toda grande jornada começa quando se põe o primeiro pé na rua. Pagando
passagens para o desconhecido, provando sabores exóticos de sorvete, visitando
uma trilha quase inexplorada, ou até mudando o caminho que você faz para seu
trabalho. Tudo é válido para se permitir a aprender.
Nunca me acomodei, tampouco
pensei demasiadamente nos meus cronogramas. Programações são interessantes, mas
perco minha atenção facilmente. Penso que cada dia fora do comum é um passo
que você dar em sua vida, que, metaforicamente, chamamos de caminho. Saio de
casa, enfrento a estrada escura e vazia, visito uma praça, converso com o
porteiro e conquisto o sorriso de alguém. Para mim, isso é viver.
Morre lentamente aquele que não
vira a mesa quando está infeliz com o que faz, quem não arrisca o certo pelo incerto
atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos
sensatos.
(imagem: cena do filme "A vida secreta de Walter Mitty")
Seu texto me remete às ambivalências que nos afligem, angustiam e enriquecem. Vieram-me os geniais versos de Thiago Amud para a vertiginosa canção de Guinga: "....entro no meu juízo e destrambelho, entro no meu caminho e passo rente...." Abraço. Segue a música, camará: https://www.youtube.com/watch?v=TmGXQ9hJKhI
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