sexta-feira, 31 de março de 2017

Iluminação


Sempre vi a metáfora da vida sendo uma espécie de livro com certa desconfiança, apesar de gostar de me perder em linhas alheias e bem escritas. Entretanto, vejo agora, sem motivo aparente, que essa foi e ainda é a melhor comparação com nossa trajetória nesse planeta, onde as pessoas sonham e vivem.
Quando paramos para “pensar na vida”, se perceber, toca uma música no fundo de seu consciente, baixa, melódica, por vezes triste. Acho que a reflexão, por si, traz isso. Outros se imaginam na praia ou no alto de uma montanha, sentindo a leveza e frescor da brisa marítima ou bucólica que chega e sussurra no ouvido. 
A pessoa fecha os olhos e se imagina em outros lugares, vidas, ou criando raízes, mas, naquele momento, ela foge com seus devaneios e crenças. Nesses pequenos e singelos momentos é que a credito que somos nós mesmos. Estamos ali, sentados no ônibus, no trabalho ou na mesa do bar, perdidos e escrevendo nossa história.