terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ao tempo, uma poesia


O brilho de seus cabelos castanhos amanheceu em minha mente naquele dia.
Era incomum isso para mim.
Lembrara da noite em que a vi, disse “oi” e ela sorriu para mim.
Cheguei em uma fria madrugada,
Vi as ruas em uma bela tarde,
Discursei em uma noite com amigos,
e em outra, despretensiosa, a vi.
Como um barco que busca a terra distante,
Como uma música que busca ouvintes perdidos na madrugada,
Como a fé que não necessita de justificativas para existir.
Sempre admirei a terra molhada, após um dia de chuva.
Mesmo após um temporal, lá nasce a vida.
Simples, calma, justa, diferente.
O carinho inoportuno é sempre o mais interessante, o mais vivido, o mais prolongado.
Talvez ela seja assim em mim.
Espero aprender a admirá-la ainda mais.
Não há celebração que a mereça.
Não há humildade que combata sua ternura.
Não há apresentação que vença sua chegada.
Não há elogios que revivam suas palavras.
Agradeço ao destino, ou ao mundo pequeno.

Para você.

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