terça-feira, 10 de setembro de 2013

Aos novos, aos antigos


Para as amizades não existe conceituações objetivas e definitivas. Se você é amigo, não respeitará convenções sociais. A educação ficará em segundo plano diante de dois amigos em uma mesa de bar. O escárnio e o respeito andam juntos em uma mesma sintonia.

Não determino a origem das amizades. Amigos não decoram a data do primeiro abraço, riso ou do primeiro porre. A amizade tem uma memória alforriada. Jamais liga para fazer comparações ou testar afinidade. Não lamentaremos injustiças, mas riremos do tempo passado.

Amigo que é amigo te deixa desconfortável, ele te desconsola. Ele não dará “tapinhas” nas suas costas e dirá “É assim mesmo.” Não! Ele te dará um tapa na cara e dirá para você olhar para cima e que a tristeza passará. Fará você rir de si mesmo para ver o que já superou na vida. O amigo de verdade mostra suas vulnerabilidades, ele te exibirá como uma relíquia e fará com que todos saibam que você está ali.

Em momentos cruciais e difíceis ele sempre mostra sua boa crueldade. Ensinar-te-á a ver não o óbvio, mas o verdadeiro. Na amizade não há espaço para romantismos. Amigo de verdade não te pedirá um copo com água. Ele abrirá sua geladeira e tomará sua coca-cola. Não há rótulos que o identifique, há ações.

Aos novos, aos antigos.
(Foto: cena do filme "the intouchables")

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