quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Busca



Não comentarei sobre o fim do mundo, pelo contrário, prefiro falar sobre a busca incessante pela vida e prazer.
Há dentro de cada um de nós valores, sentimentos, desejos e frustrações, que não são perceptíveis pelas pessoas que estão em nossa volta. Muitas ocasiões, tomados por determinados sentimentos, nós apenas calamos e deixamos que o pensamento flua, impregnando a alma.
Ainda bem que é assim, pois há sentimentos, há sensações, há prazeres na vida que não se pode partilhar com ninguém; são sentimentos que calam no fundo da alma de cada um de nós, a reafirmar a nossa condição de gente. Muitas vezes, pode ser uma raiva intensa de determinada pessoa, que, em face de convenções sociais, não pode ser externada; outras vezes, pode ser apenas a vontade quase incontida de ter no aconchego dos braços a pessoa que se ama, mas que, às vezes por timidez ou por outra circunstância qualquer, não temos coragem de revelar.
Todavia, para mim, o importante mesmo não é a possibilidade ou a impossibilidade de se externar um sentimento, pelas mais diversas razões. O que importa mesmo, desde a minha percepção, é sentir, é ter a convicção de que o tempo passa e não perdemos a capacidade de sentir as emoções que sentimos em tantas oportunidades já vividas.
Viver, por isso, é sim, um quase incontido prazer. Aliás, Freud dizia que quem fixa os objetivos da vida é a busca do prazer. Textualmente: “Quem fixa os objetivos da vida é simplesmente o Princípio do Prazer, que rege as operações do aparelho psíquico desde a sua origem” ( O mal-estar da civilização)








2 comentários:

  1. E na verdade é isso ,a possibilidade ou a impossibilidade de se externar um sentimento, . O que importa mesmo é sentir.

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    1. Sentir nos deixa vivos. Com um sentimento aprendemos e reaprendemos todos os dias.

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