Não comentarei sobre o fim do mundo, pelo
contrário, prefiro falar sobre a busca incessante pela vida e prazer.
Há dentro de cada um de nós valores, sentimentos,
desejos e frustrações, que não são perceptíveis pelas pessoas que estão em
nossa volta. Muitas ocasiões, tomados por determinados sentimentos, nós apenas
calamos e deixamos que o pensamento flua, impregnando a alma.
Ainda bem que é assim, pois há sentimentos, há
sensações, há prazeres na vida que não se pode partilhar com ninguém; são
sentimentos que calam no fundo da alma de cada um de nós, a reafirmar a nossa
condição de gente. Muitas vezes, pode ser uma raiva intensa de determinada
pessoa, que, em face de convenções sociais, não pode ser externada; outras
vezes, pode ser apenas a vontade quase incontida de ter no aconchego dos braços
a pessoa que se ama, mas que, às vezes por timidez ou por outra circunstância
qualquer, não temos coragem de revelar.
Todavia, para mim, o importante mesmo não é a
possibilidade ou a impossibilidade de se externar um sentimento, pelas
mais diversas razões. O que importa mesmo, desde a minha percepção, é sentir, é
ter a convicção de que o tempo passa e não perdemos a capacidade de sentir as
emoções que sentimos em tantas oportunidades já vividas.
Viver, por isso, é sim, um quase incontido prazer.
Aliás, Freud dizia que quem fixa os objetivos da vida é a busca do prazer.
Textualmente: “Quem fixa os objetivos da vida é simplesmente o Princípio do
Prazer, que rege as operações do aparelho psíquico desde a sua origem” ( O
mal-estar da civilização)
E na verdade é isso ,a possibilidade ou a impossibilidade de se externar um sentimento, . O que importa mesmo é sentir.
ResponderExcluirSentir nos deixa vivos. Com um sentimento aprendemos e reaprendemos todos os dias.
Excluir