Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que
eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do voo
no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam,
que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor. Que
meus olhos continuem se alargando sempre. Porque eu ainda sonho.
Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café
e travesseiro. Quero seu beijo, seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o
desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito
quando é demais.
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