Há algum tempo não escrevia, não
tinha motivações, ou melhor, inspirações. A ironia nessa situação é que quando
estou passando por situações conflituosas, ou, até certo ponto ofegantes, não
consigo parar para escrever nada, minha mente torna-se uma confusão sem fim.
Outrora momentos assim eram “inspiradores”, hoje são borrões em minha memória e
barreiras cognitivas. Não consigo escalar. Odeio me sentir atormentado por um
dilema moral-social. Antes fosse um cálculo matemático indecifrável.
Penso que a maioria dos
sofrimentos são banais, pois são evitáveis. Mas nosso corpo busca com que (ou
quem) se preocupar. É um mergulho no mar aberto, onde a calmaria da superfície
contrasta com os tubarões na profundidade. Sabemos do perigo, mas nossa mente
quer nadar. Assim me sinto. A questão é que somente teremos algum resultado se
nos jogarmos ao mar, de peito aberto e “dar bicudos” nos tubarões. Não há outra
maneira de ser feliz.
O paradoxo desta metáfora é que o
mesmo caminho da famigerada felicidade é o do possível sofrimento, das dúvidas.
Temos que aguardar pelos dois e saber enfrentá-los. Pois se um dia você vencer seus
tubarões e voltar à superfície não reclame de ter saudades do mar, pois foi
somente lá, nas dificuldades, que você arriscou e foi você mesmo.
Se viu algo sob a água, mergulhe!
Vá atrás! Não tenha medo de mostrar quem você é e lute com os tubarões. Se tem um problema, resolva-o. Você
provavelmente emergirá com as cicatrizes, mas saberá que quando você quiser
poderá sempre mergulhar novamente.
Hoje eu conversava com um escritor poeta que me falou que uma vez estava sem criatividade entao resolver expremer um poema, ficou lindissimo o poema que ele fez, mas de lição tomei que as vezes temos a criatividade a todo tempo de nós mesmos enao sabemos, deixamos que coisas corriqueiras a esconda, mas na verdade agora se você destinar alguns minutos vai conseguir escrever!
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