Sempre questionei o modo como, despretensiosamente,
outras pessoas buscam incessantemente fazer com que suas opiniões sejam as prevalentes.
Isso independe do tema discutido, de política econômica ao futebol de várzea.
As pessoas querem mostrar serviço, mesmo que não entendam o suficiente sobre
algo. Não vejo problema em dizer que não sei ou que já ouvi falar. Faz parte
do crescimento humano entender e, caso não consiga, buscar meios para fazê-lo.
Todos nós temos sonhos, vidas
isoladas e em sociedade. Não cabe a mim ou a qualquer pessoa dizer o que é
certo ou não, mas apenas definir o que é, naquele momento, adequado – desde que
seja de conhecimento de todos ou provado. Penso que cada pessoa tem uma “base”
para se apoiar, que origina suas ideias. Creio que nossas crenças não estão
apenas na nossa mente, cabeça ou coração, mas acima de tudo em nossos pés! Sim,
pois eles se movem e nos movem. Nossa base, força. Assim, não sobrepuje seus
sonhos ou opiniões em detrimento dos outros, pois cada um tem algo que não pode
ser movido por ponderações alheias: Sonhos!
Assim, pense duas vezes antes de “pisar”
nos outros, pois, assim, estará pisando nos sonhos deles. Ou também não peça
aquilo que o outro não possa lhe oferecer, pois, às vezes, o que é oferecido é
pouco, mas para quem oferece, representa muito. Cabe aqui um poema de W.
B. Yates:
“Fossem meus os tecidos bordados
dos céus,
Ornamentados com luz dourada e prateada,
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz,
Os estenderia sob os teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.”
Ornamentados com luz dourada e prateada,
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz,
Os estenderia sob os teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.”
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