sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tecidos bordados dos céus



Sempre questionei o modo como, despretensiosamente, outras pessoas buscam incessantemente fazer com que suas opiniões sejam as prevalentes. Isso independe do tema discutido, de política econômica ao futebol de várzea. As pessoas querem mostrar serviço, mesmo que não entendam o suficiente sobre algo. Não vejo problema em dizer que não sei ou que já ouvi falar. Faz parte do crescimento humano entender e, caso não consiga, buscar meios para fazê-lo.
Todos nós temos sonhos, vidas isoladas e em sociedade. Não cabe a mim ou a qualquer pessoa dizer o que é certo ou não, mas apenas definir o que é, naquele momento, adequado – desde que seja de conhecimento de todos ou provado. Penso que cada pessoa tem uma “base” para se apoiar, que origina suas ideias. Creio que nossas crenças não estão apenas na nossa mente, cabeça ou coração, mas acima de tudo em nossos pés! Sim, pois eles se movem e nos movem. Nossa base, força. Assim, não sobrepuje seus sonhos ou opiniões em detrimento dos outros, pois cada um tem algo que não pode ser movido por ponderações alheias: Sonhos!
Assim, pense duas vezes antes de “pisar” nos outros, pois, assim, estará pisando nos sonhos deles. Ou também não peça aquilo que o outro não possa lhe oferecer, pois, às vezes, o que é oferecido é pouco, mas para quem oferece, representa muito. Cabe aqui um poema de W. B. Yates:

“Fossem meus os tecidos bordados dos céus,
Ornamentados com luz dourada e prateada,
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz,
Os estenderia sob os teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.

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