Naquele dia ele estava
estranhamente feliz. Não sabia de onde vinha aquele sentimento tão simples e
cada vez mais raro em seus dias. Costumava achar que tudo na vida era uma
obrigação, que tudo era rotina. Naquele dia isso não aconteceu. Estava com o pensamento
longe, olhava para o céu e uma música calma, quase um mantra, tocava em seus
ouvidos. Ele estava leve, calmo. Sentia que podia se conectar às estrelas, que
fazia parte de algo maior. Não era religião, tampouco drogas. Era o esplendor
de sua mente, alcançando o auge de sua força e clareza. Não tinha medo, não
tinha dúvida. E antes que tudo acabasse, ele resolveu escrever num papel aquele
sentimento, para que nunca mais pudesse esquecer como era. Depois ele se deitou
e foi dormir com a esperança que seus sonhos fossem tão bons quanto sua
realidade.
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