terça-feira, 5 de julho de 2016

(des)construção


Há momentos em que devemos nos (des)construirmos. Livrarmo-nos das amarras bobas e cegas que teimam em não deixar nossa mente livre. Construções psicológicas, feitas ao longo de nossa curta vida, não são contratos que assumimos com nosso destino, ao menos, não deveria ser assim. “Vivemos tempos líquidos”, como diz Bauman. Diante dos mais diversos arquétipos que são impostos social, econômico e culturalmente para nós todos, mais do que apenas aceitar, certo seria construirmos nosso próprio modelo pessoal, que, em tese, deveria ser flexível e adaptável; assim penso. Curiosamente somos massacrados por ideias majoritariamente infundadas e fechadas, mesmo que com aparência de modernas e abertas. Aos poucos somos manipulados e encarcerados em um mundo onde o desamparo afetivo torna-se corriqueiro. Pelo que se vê, o pensamento livre arrebatador não existe, e não estamos vendo isso. Triste quando os devaneios tornam-se mesquinhos e aceitam ser do tamanho do nosso pequeno mundo. 

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