Há momentos em que devemos nos (des)construirmos.
Livrarmo-nos das amarras bobas e cegas que teimam em não deixar nossa mente
livre. Construções psicológicas, feitas ao longo de nossa curta vida, não são
contratos que assumimos com nosso destino, ao menos, não deveria ser assim. “Vivemos
tempos líquidos”, como diz Bauman. Diante dos mais diversos arquétipos que são
impostos social, econômico e culturalmente para nós todos, mais do que apenas
aceitar, certo seria construirmos nosso próprio modelo pessoal, que, em tese, deveria
ser flexível e adaptável; assim penso. Curiosamente somos massacrados por
ideias majoritariamente infundadas e fechadas, mesmo que com aparência de
modernas e abertas. Aos poucos somos manipulados e encarcerados em um mundo
onde o desamparo afetivo torna-se corriqueiro. Pelo que se vê, o pensamento
livre arrebatador não existe, e não estamos vendo isso. Triste quando os
devaneios tornam-se mesquinhos e aceitam ser do tamanho do nosso pequeno mundo.
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