Meus amigos, o ministro Joaquim
Barbosa, do STF, poderá ser chamado à presidência da Corte Suprema nessa
quarta-feira, 10. Com a iminente aposentadoria do atual presidente, ministro
Carlos Ayres Britto, a nomeação poderá ser em novembro. Será uma chance de ver
melhor a figura do “exaltado e adorado” ministro Joaquim à frente do Tribunal.
Em entrevista à Folha de SP, ele afirma não ser um herói no presente julgamento
do mensalão (ele se considera mais um anti-herói, rs), mas confirma sua
incisividade nas acusações, pois traz de sua experiência como ex-procurador da
república essa veia pela proteção da administração pública.
Votou em Lula nas duas
oportunidades para presidente, não nega. Ele sabe da melhoria que o país obteve
(não sou partidário do PT, ok?) por isso não escondeu seu voto, além de é claro
ter sido nomeado pelo ex-presidente para a cadeira no STF. Mas, apesar disso,
opõe-se piamente a bonificações e favoritismos políticos e sabe que tem que ser
imparcial e julgar. É o que está fazendo desde então.
Considero o ministro Joaquim Barbosa
um juiz da corte, e ponto. Também não o considero herói, creio que essas definições advêm do fato de não termos o costume de fazer o correto ou bons exemplos na nossa alta cúpula do país. Considero-o um brasileiro que sofreu (e sofre até
hoje) com nosso famigerado racismo, fruto de anos de escravidão e retaliação
social devida à cor da pele. Considero-o simples, tímido, humilde, mas com uma
personalidade ímpar e forte. Admiro quem se dedica a uma causa e crer que, de
fato, aquilo fará diferença e que consegue desenvolver-se na vida. Foi o caso
dele, da pobreza e dos banhos no rio de sua cidade no interior mineiro até o
ponto maior na nossa justiça.
Assim, exalto-o, não pela sua
posição no Judiciário ou por sua figura estar na mídia (acho que isso até o
assusta), mas pela sua capacidade de ser quem é, que faz o que tem que ser
feito. Julgar e defender nossa constituição.
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