Nunca fui bom em poesias, histórias ou lições de moral. Gostava das simplicidades, dos ditados populares, do “direto ao assunto”. Enrolava-me até para contar um filme. Mas o conto sempre estava em minha mente e eu sempre evitava ver seu rosto pálido, singelo e enganador. Ninguém quer ouvir histórias tristes, desde que sejam reais. O fato e o mero sonho faz parte do que sou e do que penso. Somos todos assim.
Assim como sem a música, a vida
sem um bom texto, sem uma boa história a recordar seria um erro. Vivemos para
aprender com aquilo que experimentamos. No entanto, temos que, às vezes, dar um
basta a algumas coisas, às lembranças mal resolvidas, aos ciúmes despretensiosos,
à fome de barriga cheia, à solidão premeditada. A história é o tesouro da alma,
mas o zelo e o toque são dádivas que nos permitimos ter.
Um olhar carinhoso hoje é melhor
que devaneios de um amor que se foi.
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