domingo, 19 de junho de 2011

O que vai fazer?


Noite encantadora e triste, sábado. Acabo de assistir a um dos meus filmes prediletos, Colateral. Trata de como ‘encaramos’ a vida, uns planejam e se frustram, outros são práticos e imediatistas. Mostra a fugacidade da vida, como nos perdemos em meio a 6 bilhões de pessoas, com nossos sonhos, planos e lembranças. Os sonhos não bastam, não são eternos, mas, quando percebermos isso, estaremos velhos e alienados, sendo expectadores de nossos próprios devaneios.

O filme trata do despertar, do acordar para a realidade; uma forma trágica de ver a matrix claustrofóbica que criamos. O Morpheus é o Vicent.

Acordamos e entramos na rotina: banhamos, comemos, fazemos planos, trabalhamos e em meio a tudo isso, fugimos. Fugimos para um lugar onde queríamos estar, para onde a mente teima em ficar. A mente veste pijama listrado. Ela vai além do que o corpo faz. É o despertar da alma, mostra que estamos vivos, que temos algo a fazer, que devemos levantar do comodismo.

O momento mais lúcido é quando sonhamos.

Não é fácil, porém, quando enfrentamos nossos valores petrificados, quando discutimos com os esteriótipos e ‘quebramos’ o consciente, mostramos realmente quem somos e o que podemos fazer. Destacamo-nos.

Penso assim.

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