quinta-feira, 25 de julho de 2019

Objetos esquecidos


Quando deixamos de usar certos objetos? Quando não há mais utilidade ou simplesmente quando não os queremos mais? Talvez os dois. Uma calça jeans, uma camisa listrada, uma pulseira ou um livro comprado e nunca lido, esquecido entre garrafas de vinho na estante empoeirada. A matéria também tem vida em sua utilidade.

Há espaço para tudo quando sabe-se priorizar. Escolher o tempo certo é mais importante do que o objeto correto. A intangibilidade produzida por um presente recebido (ou doado) não tem preço e, enquanto tiver valor, não há descartabilidade. Não há desprezo pela velha bola de tenis enquanto ainda se quer jogá-la na parede. Não se joga fora uma garrafa enquanto ainda te faz lembrar da noite que a abriu e bebeu com alguém especial.

O sentido existe porque você o cria, nomeia-o e o guarda em seu coração. Uma vez ouvi que se te faz sentir, então faz sentido. Logo, se você abraça o significado, então nunca irá perder seu real valor. Há mais memória na vida do que se imagina.

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