Em Eclesiastes 3-1 diz que tudo há seu tempo e um propósito debaixo do céu, apesar de ser um não-seguidor de doutrinas, creio que falar de fé é, inevitavelmente, falar da certeza daquilo que não se vê, do que se espera. Há tempo de rir e chorar, de cantar e calar, de abraçar e de afastar-se, de guerra e de paz.
Tenho diversos objetivos, mas não busco criar expectativas absurdas quanto a eles, já que aprendi que não importa o quanto se esforce, haverá pedras no caminho que o deixará mais intrafegável, tortuoso, mas, com certeza, mais interessante. Planos e sonhos se complementam, como a técnica e o dom, como a poesia e o amor. Sempre busquei sentido em tudo, e isso me deixou sempre intrigado, congelado, quase que literalmente. Querer entender e decifrar todos os porquês da vida, mas digo, isso não leva a nada. Faz parte da inconstância do ser humano, assim como viver o melhor e ser quem você quiser ser, mesmo quando o tão sonhado objetivo pareça distante e obscuro. A fé e os desafios da vida devem conviver juntos para se equilibrarem e reforçarem o nosso clichê existencial: buscar ter uma vida feliz.
Gosto de pensar que tenho que dar chance a tudo, desde que me vi enfrentando todo tipo de situação sozinho. Dar chance a um aprendizado qualquer, a uma passagem só de ida, à despedida sem um "adeus", a uma música no silencio do quarto, à luz da lua sobre as árvores, àquela conversa que só existiu enquanto tomava banho, à festa com amigos, a um filme no frio do cinema, ou a um meio-sorriso de uma linda garota tímida. Sempre fui bom em buscar a esperança em cada pessoa.
Faço não por que preciso entender a fisiologia da situação, mas para saber como é a sensação, em arriscar-me em algo novo que não era minha intenção, e é justamente essa novidade que me faz seguir, viver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário