O longa-metragem de Gus Van Sant conta
a história do cartunista John Callahan. Não é oficialmente uma biografia, mas
apenas baseado na vida do artista. John (Joaquin Phoenix) era alcóolatra e,
após sofrer um acidente de carro na década de 70 e perder o movimento das
pernas, teve que se reinventar. Não só buscar ajuda para combater seu vício,
como aprender a desenhar com o pouco movimento que ainda possuía. John
desenhava com o lápis entre suas mãos. Ficou famoso pelo seu humor ácido e
ironias. Criticava o racismo, a sexualidade, a sociedade e sua própria
deficiência.
No grupo de apoio, ele conhece
Donnie (Jonah Hill), que o acompanha nessa jornada de redenção pessoal. O
filme, no entanto, não fantasia ou glorifica a sua superação, ao contrário,
mostra com certa realidade os lados positivos e negativos sobre a vida
conturbada de John. Mostra, por exemplo, o quão bom eram os momentos quando ele
bebia muito e perdia o controle, sem colocar um culpa no personagem. Por outro lado, também mostra as dificuldades que ele possuía
devido sua deficiência.
Esse filme mostra várias linhas
do tempo do protagonista antes e depois do acidente e tem uma vibe feel-good-movie,
pois, além de possuir uma fotografia clara, os quadrinhos que surgem na tela
eventualmente ajudam a trazer leveza à experiência. É uma boa atuação em uma
história de superação sem grandes glórias hollywoodianas. A jornada do artista no
sentido da aceitação e adaptação, o que, mais uma vez, deixa o filme fiel à
realidade.
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