segunda-feira, 5 de outubro de 2020

A pé ele não vai longe (2018)

O longa-metragem de Gus Van Sant conta a história do cartunista John Callahan. Não é oficialmente uma biografia, mas apenas baseado na vida do artista. John (Joaquin Phoenix) era alcóolatra e, após sofrer um acidente de carro na década de 70 e perder o movimento das pernas, teve que se reinventar. Não só buscar ajuda para combater seu vício, como aprender a desenhar com o pouco movimento que ainda possuía. John desenhava com o lápis entre suas mãos. Ficou famoso pelo seu humor ácido e ironias. Criticava o racismo, a sexualidade, a sociedade e sua própria deficiência.

No grupo de apoio, ele conhece Donnie (Jonah Hill), que o acompanha nessa jornada de redenção pessoal. O filme, no entanto, não fantasia ou glorifica a sua superação, ao contrário, mostra com certa realidade os lados positivos e negativos sobre a vida conturbada de John. Mostra, por exemplo, o quão bom eram os momentos quando ele bebia muito e perdia o controle, sem colocar um culpa no personagem. Por outro lado, também mostra as dificuldades que ele possuía devido sua deficiência.

Esse filme mostra várias linhas do tempo do protagonista antes e depois do acidente e tem uma vibe feel-good-movie, pois, além de possuir uma fotografia clara, os quadrinhos que surgem na tela eventualmente ajudam a trazer leveza à experiência. É uma boa atuação em uma história de superação sem grandes glórias hollywoodianas. A jornada do artista no sentido da aceitação e adaptação, o que, mais uma vez, deixa o filme fiel à realidade.

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário