Filme do diretor iraniano Abbas
Kiarostami, “Cópia fiel” começa quando o escritor inglês James Miller viaja
para uma pequena cidade na Itália para divulgar seu livro, que possui o mesmo
nome do filme. Ele então conhece a dona de uma pequena loja de obras de arte
chamada Elle. Os dois saem para andar pela cidade e conversam sobre vários assuntos.
No bom estilo “Antes do amanhecer”,
os dois discutem sobre vários temas interessantes, como o valor do original e
da cópia, arte e família. James é frio e racional, Elle é emotiva e preocupada,
já que tem um filho e precisa assumir várias funções, como ser mãe, pai e
trabalhar, ao mesmo tempo. Entretanto, o filme tem uma reviravolta quando, após
serem confundidos por uma senhora, ambos se comportam como marido e mulher (ou
de fato seriam casados e não sabíamos?). Aí se encontra a boa trama do diretor
Kiarostami.
O filme é bem dividido nessas
duas partes que não se excluem, pelo contrário, poderiam até serem invertidas
que a trama continuaria interessante, já que ficamos com a dúvida sobre o que é
real (ou cópia) na conversa dos dois. No entanto, esse entendimento você
somente conseguirá extrair – se for essa a intenção, é claro -, ao assistir a
esse filme, que é simples, mas que traz um debate importante, como por exemplo:
A obra original não seria apenas uma cópia bem feita ou uma representação
daquilo que já existe? O que é verdadeiro e falso na relação entre James e
Elle? A interpretação é sua.
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