segunda-feira, 20 de abril de 2020

Expresso do amanhã (2013)



Este filme de Bong Joon-Ho, diretor de Parasita (2019), traz o que restou da humanidade, após o planeta ter esfriado devido a uma tentativa fracassada de evitar o aquecimento global, vivendo em um trem dividido em vagões que definem suas classes sociais. Quem vive na parte da frente são os ricos e, no fundo, os pobres. O filme trata da tentativa de Curtis (Chris Evans) em chegar na parte da frente do trem, através de uma rebelião interna.

Assim como O Poço, da Netflix, o filme demonstra como o egoísmo e a exploração se tornam comuns tão somente pela condição social da pessoa, ou melhor, pela posição em que ela se encontra. No entanto, diferentemente de O Poço, em que existe uma segregação vertical e com a possibilidade aleatória de ascensão ou queda social, em Expresso do amanhã há uma divisão horizontal e com impossibilidade de movimentação da condição humana.

Assim, Curtis quer matar o Wilford (Ed Harris) que é quem defende esse determinismo social e é o criador do trem, morador do primeiro vagão. O filme mescla bem cenas de ação com uma critica social sobre como a sociedade é seccionada e como alguns que possuem muito vivem à custa da exploração de uma parcela da população condenada à pobreza e a péssimas condições de vida. Portanto, é um filme com um tema que é sempre atual e relevante.

Um comentário: