Este filme de Bong Joon-Ho,
diretor de Parasita (2019), traz o que restou da humanidade, após o planeta ter
esfriado devido a uma tentativa fracassada de evitar o aquecimento global,
vivendo em um trem dividido em vagões que definem suas classes sociais. Quem
vive na parte da frente são os ricos e, no fundo, os pobres. O filme trata da
tentativa de Curtis (Chris Evans) em chegar na parte da frente do trem, através
de uma rebelião interna.
Assim como O Poço, da Netflix, o
filme demonstra como o egoísmo e a exploração se tornam comuns tão somente pela
condição social da pessoa, ou melhor, pela posição em que ela se encontra. No
entanto, diferentemente de O Poço, em que existe uma segregação vertical e com
a possibilidade aleatória de ascensão ou queda social, em Expresso do amanhã há
uma divisão horizontal e com impossibilidade de movimentação da condição
humana.
Assim, Curtis quer matar o Wilford
(Ed Harris) que é quem defende esse determinismo social e é o criador do trem,
morador do primeiro vagão. O filme mescla bem cenas de ação com uma critica
social sobre como a sociedade é seccionada e como alguns que possuem muito
vivem à custa da exploração de uma parcela da população condenada à pobreza e a
péssimas condições de vida. Portanto, é um filme com um tema que é sempre atual
e relevante.
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