Este filme se tornou uma ótima surpresa no final de 2019, é uma
adaptação de um livro de Christine Leunens, sendo vencedor do Oscar de melhor
roteiro adaptado. O enredo fica em torno de Jojo Betzler, garoto de 11 anos, da
juventude nazista e que tem como ídolo Hitler, que também é seu amigo
imaginário, vivido pelo diretor neozelandês Taika Waititi. O filme é uma
crítica e sátira dos mitos e absurdos ideológicos do nazismo, em como uma
criança via e acreditava nas histórias sobre judeus e idealizava Hitler.
É um roteiro que traz leveza a um assunto complicado e delicado.
Com vários momentos de comédia e ironia, o filme diverte e nos intriga ao ver
como a visão de uma criança é tão fértil, mas também manipulável. O pequeno
Jojo começa a questionar suas verdades ao descobrir que sua mãe, interpretada
lindamente pela Scarlett Johansson, esconde uma judia num esconderijo na
parede. Alí, começam a cair por terra as mentiras que até então Jojo acreditava
sobre o que estava acontecendo na guerra.
O filme corre o risco de amenizar os horrores da guerra, trazendo
um Hitler carismático e engraçado, mas tudo é entendido ao lembrar que se trata
da imaginação do jovem Jojo, que tinha no ditador nazista o seu maior ídolo.
Ademais, o filme não traz uma reflexão profunda sobre a guerra, não é essa a
intenção da direção de Taika Waititi.
Por fim, Jojo Rabbit também faz sutilmente uma homenagem às mães
que criam seus filhos sozinhas e nas alegrias que as crianças precisam ter na
infância. É um trabalho responsável dentro de uma comédia leve e emocionante.
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