Esse filme é uma adaptação de um
livro feita por Spike Jonze. Acabou se tornando uma historia indie-infantil
para adultos. É uma grande metáfora dos sentimentos de uma criança e seu
crescimento, amadurecimento. Quanto ao enredo, conta a historia do garoto Max
que, após ser colocado de castigo pela mãe, foge de casa vestido de lobo e
acaba chegando a uma ilha habitada por criaturas.
Há uma constante dúvida se o
garoto fugiu de fato e encontrou esse lugar mágico ou se tudo era fruto de sua
imaginação. Sendo imaginação, os monstros representavam sentimentos do garoto ou
as pessoas próximas a ele? Um desses monstros, Carol, dublado magistralmente
por James Gandolfini (Os Sopranos), representa bem essa dualidade entre solidão
e ira, sentimentos contidos no próprio Max. De cara, Carol se torna o monstro
predileto dele.
Spike Jonze trata o filme como
uma fábula, quase um conto infantil. A fotografia de Lance Acord é magistral e
sabe jogar bem com a luz natural do sol e as sombras da floresta. Os monstros
são reais, com exceção das expressões faciais que são feitas via computação
gráfica. Por fim, podemos dizer que Onde moram os monstros é um filme
esquisito, diferente. Sua mensagem é relativa e pode ser interpretada por
diversos ângulos. Provável que essa era a intenção do diretor. Não há moral da
história, mas sim um fluxo de emoções sentidas entre aquele garoto e seus
amigos monstros, no único lugar que ele se sentia bem, como um verdadeiro rei.
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